Ela fecha os olhos, mas não consegue olhar para dentro de si... Ela não consegue sonhar, sequer consegue dormir... O pesadelo de olhos abertos... Ela precisa que alguém a deixe desmaiar de cansaço, suja com a lama vulgar... Hoje não... Infelizmente... Hoje não...
Se é ou não, isso é apenas um problema de Hamlet... se ele é ou deixa de ser, eu, honestamente, não me importo!
quarta-feira, 25 de junho de 2014
Chove
Ela se derrama pelas janelas, chorosa, nada é mais feliz e triste que a chuva!!!
Vc não a vê nadar em si mesma, eu só desejo a melhor noite do mundo que o caos pode lhe dar...
Me ligue amanhã, te espero entre minhas pernas... Venha me devorar!!!
terça-feira, 10 de junho de 2014
Amarelo
Minhas pernas se quebraram no caminho até você
O amarelo me impediu de ver que eu não tinha condições de dançar
E você se negou a olhar meus olhos, você não entendia o por que...
Eu chorei, as pernas quebradas não doíam, mas você me doeu
Era eu, me arrastando num esforço vão, as fraturas expostas e todos ignoravam
Não há samaritano nesta estrada, o medo do poeta é que todos o julguem insano
Me fiz em pé, de pernas quebradas, de olhos baixos, você não me notaria
Eu não sou ninguém, e o amarelo me ofusca além do horizonte da ponta de meus dedos
É o meu beijo no seu reflexo, você não sentirá meus lábios, eu não te alcançarei
É tão simples, é tão dolorido, e se vai, a pior dor é deixar que você saia de dentro de mim
E está saindo, bem devagar como um espinho... Eu me lembro... Sangro e vou embora
Sou a viúva de cada uma de minhas chagas e elas não se curam
Não há crime em suas mãos, não há arma, ou provas, apenas a distância
Longe, tão longe quanto o colorido traidor de um arco-íris, eu nunca o tocarei
Não pode nada tão vivo, escorregar para minhas mãos!
Minhas pernas se quebraram no caminho até você
O amarelo me impediu de ver que eu não tinha condições de dançar
Eu não dancei, me contorci para fora de seu caminho, estou apenas de passagem na sua vida
E a escolha está nas suas vísceras, inalcançável para os meus dentes,
A pior dor é deixar que você saia de dentro de mim, não te devorarei!
Meu eu não te segurou, não te abraçou e nem te encantou...
Sou a viúva de cada uma de minhas chagas e elas não se curam
Não há crime em suas mãos, não há arma, ou provas, apenas a distância
E você se foi, passou por mim e não me reconheceu, o amarelo sou eu.
O amarelo me impediu de ver que eu não tinha condições de dançar
E você se negou a olhar meus olhos, você não entendia o por que...
Eu chorei, as pernas quebradas não doíam, mas você me doeu
Era eu, me arrastando num esforço vão, as fraturas expostas e todos ignoravam
Não há samaritano nesta estrada, o medo do poeta é que todos o julguem insano
Me fiz em pé, de pernas quebradas, de olhos baixos, você não me notaria
Eu não sou ninguém, e o amarelo me ofusca além do horizonte da ponta de meus dedos
É o meu beijo no seu reflexo, você não sentirá meus lábios, eu não te alcançarei
É tão simples, é tão dolorido, e se vai, a pior dor é deixar que você saia de dentro de mim
E está saindo, bem devagar como um espinho... Eu me lembro... Sangro e vou embora
Sou a viúva de cada uma de minhas chagas e elas não se curam
Não há crime em suas mãos, não há arma, ou provas, apenas a distância
Longe, tão longe quanto o colorido traidor de um arco-íris, eu nunca o tocarei
Não pode nada tão vivo, escorregar para minhas mãos!
Minhas pernas se quebraram no caminho até você
O amarelo me impediu de ver que eu não tinha condições de dançar
Eu não dancei, me contorci para fora de seu caminho, estou apenas de passagem na sua vida
E a escolha está nas suas vísceras, inalcançável para os meus dentes,
A pior dor é deixar que você saia de dentro de mim, não te devorarei!
Meu eu não te segurou, não te abraçou e nem te encantou...
Sou a viúva de cada uma de minhas chagas e elas não se curam
Não há crime em suas mãos, não há arma, ou provas, apenas a distância
E você se foi, passou por mim e não me reconheceu, o amarelo sou eu.
quinta-feira, 5 de junho de 2014
Desespero
Passei dolorosamente a desejar você pra mim,
De um modo que eu já não queria mais ser eu,
Eu queria agora, ser você,
Enxergar pelos seus olhos, sentir sua dor e sua alegria!!!
Eu não sou mais eu, não posso ser você...
Eu não sou aquilo que esperavam que eu fosse,
e as minhas violentas maldições me levam ao mais escuro lado da sua ausência
De azul tudo tornou-se ocre, e o ocre fede a apodrecido
poderiam ser folhas de um outono Europeu, mas são os pedaços dos meus dedos
E do meu sangue, doado a ti!
Não sentia minha palavras, até que você as ouviu, não senti minhas palmas
Até o tocarem, não senti os meus lábios, até que bebesse o vermelho deles
Mas há medo e há passado, há loucura e há pecado, dois deles em você
Dois deles em mim, e o desejo que me é tão doloroso, insiste em me abraçar
Não me aquece este abraço, me faz tremer de frio e fúria
Me mata e me esconde, ninguém me enxerga e meus bons dias não lhe fazem falta
Eu não sou mais eu, não posso ser você...
Perdi... cerrei os lábios e fechei as janelas, me escondi e desonrei a dor do outro
Até que pudesse eu mesma sentí-la... Não há música em mim,
Não há nada de mim em você...
Como cumprir promessas que já foram quebradas?
Eu sinto muito, me perdoe, me perdoe, é tão doloroso
Mas o perdão não lhe buscará, nem sequer alcançará seus ouvidos...
Me deseje, lhe suplico, pois agora Eu queria, ser você,
Enxergar pelos seus olhos, sentir sua dor e sua alegria!!!
Eu não sou mais eu, não posso ser você...
Mas posso ser o que você quiser...
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